” Não temos vida simbólica. Onde vivemos simbolicamente ? Em parte alguma, exceto quando participamos do ritual da vida. Mas quem, entre muitos, de fato participa do ritual da vida ?
Bem poucos …
Temos um canto em algum lugar da nossa casa em que realizamos ritos, como vemos na India ? Mesmo as casas mais simples tem pelo menos um canto cortinado onde os membros da família podem levar uma vida simbólica, onde podem fazer novos votos ou meditar. Nós não temos isso. Não temos um canto assim … só a vida simbólica pode exprimir a necessidade da alma. Imagine você, a necessidade cotidiana da alma ! E como não tem algo assim, as pessoas não podem sair da esfera da sua experiência … essa vida terrível, opressiva, banal, em que não são ‘ nada senão ‘ … e é por isso que as pessoas são neuróticas … a vida é muito racional, não há nenhuma existência simbólica em que eu seja alguma outra coisa, em que eu cumpra o meu papel como um dos atores no divino drama da existência ”