“Oh vento que faz cantiga nas folhas
no alto do coqueiral
Oh vento que ondula as águas
Eu nunca tive saudade igual.“
Dorival Caymmi inspirou-se no coqueiro de Itapõa para compor essa música e eu, na sombra de um coqueiro, também baiano, integrei-me ao azul turquesa do mar em composê com o azul intenso do céu, margeado pela areia branca da praia.Foi o vento que trouxe a cantiga, tão bem cantada por Caetano Veloso e que arrisquei cantar também.
Mas, apesar de todo estimulo sensorial, do vento, do lindo visual, do aroma, foi o movimento das pessoas, cada qual com sua rica história que me fez estar ali, no momento presente, observando a grandeza do universo, muito além da pequenez do meu universo particular.
Então, arriscando cantar novamente, deixei de lado a saudade e no seu lugar surgiu:
“Oh vento que faz cantiga nas folhas
No alto do coqueiral
Oh vento que ondula as águas”
Eu veja tanta beleza,
Que grata fico por total.