… ORGANIZADO … ACOLHEDOR … ATUAL !
… PRÁTICO … BONITO … FUNCIONAL !
CHUMBO
RADICAL
ESPORTIVO
ROSA
DELICADO
ROMÂNTICO
ELE & ELA ESTÃO FELIZES COM AS SOLUÇÕES !
E NÓS TAMBÉM COM A TRANSFORMAÇÃO !!!
ANTES
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DEPOIS
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Categoria: Inspirações
O “Tao” da Unidade
No exercício de harmonizar ambientes, pessoal e de clientes, observo a quantidade de objetos que adquirimos ao longo do tempo e que guardamos conosco. Guardamos para recordar uma viagem, para recordar a pessoa que nos presenteou e porque muitas vezes gostamos da imagem ou do símbolo que aquela peça representa para nós e queremos que o nosso espaço seja vivo dessas recordações que demonstram à nossa identidade.
Importante lembrarmos que o espaço físico que habitamos possui um limite de saturação, assim como o closet, assim como a memória do computador… e que, de tempos em tempos, é muito saudável fazermos uma varredura, uma filtragem para selecionar oque vai e … o que fica. Oque vai pode ser doado … quantas pessoas necessitam exatamente daquilo que estamos nos desapegando … pode ser reciclado ou em última hipotese virar lixo … e nessa hora é sempre importante o questionamento quanto ao consumo excessivo … o lixo também satura.
Oque fica pode ser valorizado, com uma limpeza, com uma cera, uma tinta … ser consertado … receber uma nova roupagem com a troca de tecido e ser relocado, quem sabe fazendo parte de um novo layout … quem sabe encontrando um local especial para colocar uma escultura, um vaso, um porta retrato, lembrando que o feng shui possui uma ferramenta chamada baguá ( mapa ) que indica o melhor local para cada objeto.
Na ilustração acima, o nicho de madeira laqueado de branco, executado pela marcenaria Seval, proporcionou o destaque de algumas peças de decoração que anteriormente estavam despercebidas, espalhadas pela casa e pouco emanavam do seu potencial de beleza e luz, talvez por não conhecerem o ” tao ” da UNIDADE.
Que tal começarmos o ano mais leves e harmonizados ?
Harmonia no Guedala Mix
Tive o prazer de ser convidada à participar do quadro de profissionais, na área de projeto de harmonização, do empreendimento Guedala Mix, que em breve proporcionará um jeito de morar contemporâneo e integrado com a natureza.
Para o folheto do empreendimento fui solicitada à desenvolver um breve histórico do trabalho que executo … então … como nada é por acaso … e não constava um histórico no blog, apenas no site … o texto elaborado virou página, na lateral do seu monitor, e ficou assim :
Desde de 1989 no mercado e 15 anos com escritório próprio, desenvolvemos projeto de arquitetura e design de interiores residencial e comercial. Com foco no ser que habita ou trabalha no espaço proposto, utilizamos ferramentas e conceitos do feng shui para proporcionar harmonia e conexão saudável coma as áreas que regem a vida, como : trabalho, conhecimento, família, prosperidade, sucesso, relacionamento, saúde, criatividade e amigos. Estimulamos essas áreas de maneira contemporânea, através de layout, formas, objetos, materiais de revestimento e cores.Acreditamos que o conhecimento deve ser expandido, para que as pessoas possam transformar suas vidas e dentro desse conceito gostamos de compartilhar semanalmente informações da área de atuação, bem como os resultados dos trabalhos executados, através dessa ferramenta chamada blog.
Eu sou Carla Malieno Gomes
“ É nos símbolos e através dos símbolos que o homem consciente ou inconscientemente, vive, move, trabalha e tem o seu ser … “
Henry Inn
“ A cor é a alma da natureza, a alma de todo o cosmo. Nos tornamos parte desta alma, quando experienciamos a cor “
Rudolf Steiner
“ … como um jungiano poderia dizer, todo edifício … é a projeção de um arquétipo provindo do subconsciente humano para o mundo exterior. As cidades, os templos, ou mesmo as habitações podem se tornar um símbolo da totalidade psíquica, um microcosmo capaz de exercer uma influência benéfica sobre os seres humanos que entram no lugar ou que aí vivem. “
Y. F. Tuan
O Jardim dos Pinhais
O Jardim dos Pinhais, Parque Ecológico projetado pelo arquiteto Manoel Carlos de Carvalho possui 14 hectares, 82 mil metros de jardins e 1200 metros de trilhas cuidadosamente pavimentadas, localizado na cidadezinha de Sto Antônio do Pinhal.
O hobby de plantar e visitar os jardins do mundo, fez com que Manoel transformasse seu sonho e um pasto, em 8 jardins inspirados na Serra da Mantiqueira e nos inúmeros que viu por aí, são eles : Jardim Montanhês, Canadense, Japonês, Desértico, Das Fontes, Beija Flores, Tropical, Das Orquídeas. O reflorestamento da área degradada foi feito com espécies em extinção e um viveiro delas é mantido no parque, por precaução.
A caminhada em suas trilhas aguça os sentidos, visão … olfato … audição … e auxilia na conexão com o momento presente. As cores das flores, suas folhagens, as fragâncias, os diversos cantos de pássaros e a proximidade da Serra da Mantiqueira propiciam um passeio muito agradável. Após a caminhada, direcionada pela trilha, passando pelos jardins de diversas culturas, um gazebo zen convida para uma pausa meditativa.
As Quatro Estações
Na música , ” As Quatro Estações ” de Vivaldi, e na arte ,” As Quatro Estações ” do designer João Paulo, com suas mandalas representando respectivamente, de cima para baixo, na ilustração, o inverno, primavera, verão e outono.
Com material reciclado, suas obras, executadas com a técnica de papel machê e tingidas com borra de café ou com pó do pigmento da casca do eucalipto, são belas e sustentáveis. Falando em sustentável, o espaço que abriga essas jóias, possuem nichos e pisos de madeira resgatados de uma demolição, que estavam prestes a se transformar em cinzas numa fogueira, se não fosse a intervenção do artista, comenta a simpática gerente comercial Rafa, entusiasmada com o feito.
Eu não resisti e adquiri algumas peças.
O acervo está em exposição permanente de sexta à domingo, na Avenida Ministro Nelson Hungria, 245, no centro de Santo Antônio do Pinhal, São Paulo. Fones : ( 11 ) 9250 56 37 ou ( 35 ) 8443 00 39.
Para conhecer mais sobre o trabalho do designer João Paulo acesse : www.joaopaulodesign.com.br
Primavera 2011
“A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.
Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.
Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.
Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.
Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.
Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.
Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.
Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.”
Texto extraído do livro “Cecília Meireles – Obra em Prosa – Volume 1”, Editora Nova Fronteira – Rio de Janeiro, 1998, pág. 366.
Palácio,Estação … Museu Orsay
Situado no centro de Paris, as margens do Sena, o museu Orsay, que anteriormente já foi uma estação de trem e também um palácio, abriga hoje uma coleção de grande riqueza artística, com quadros, esculturas, maquetes de arquitetura e fotografia.
Em 1871, o então palácio de Orsay foi devastado por um incêndio e se transformou em ruínas… renasceu como estação de trem em 1900, com o projeto de Victor Laloux… em 1910, devido a fortes chuvas, a estação fica mais de 5 metros embaixo d´agua e vira lugar para pescar… em 1939 o tráfego de trens foi interrompido definitivamente, pois a estação não se adequava mais ao avanço tecnológico, com trens mais modernos… o espaço vazio e abandonado se converte em cenário improvisado de diversos acontecimentos, como lugar de acolhida para prisioneiros de guerra e deportados. Nos anos 60 correu o risco de ser demolido para construção de um hotel, porém em 1978, a estação foi declarada monumento nacional e o estado convocou um concurso para projeto de um museu. Os arquitetos Pierre Colboc, Renaud Bardon e Jean Paul Philippon foram os vencedores.
A concepção do projeto estabeleceu a entrada do museu pela rua Bellechasse e distribuiu as coleções ao largo da grande nave, conservando a amplitude do espaço.Próximo aos arcos existentes foram criados espaços para as coleções permanentes e no piso superior, uma larga galeria. Para o projeto de interiores, em 1980, foi confiado à arquiteta italiana Gae Aulenti, que elegeu materiais, cores, criou o mobiliário museográfico e estudou as distribuições das coleções.
É admirável ver a conclusão do trabalho desses profissionais que respeitaram a linguagem do trabalho proposto no começo do século passado, dando uma nova função, restaurando elementos arquitetônicos importantes e criando novos elementos, que geraram um lindo espaço contemporâneo, que permite sentir a presença do edifício original.
Paris … vida moderna num palco de história !
Paris … linda, romântica, artística e poética, como no mais recente filme de Woody Allen, ela também me conquistou !
Seus monumentos, carregados de história, falam de um tempo onde Deus está presente nos detalhes arquitetônicos. As igrejas, palácios, museus destacam- se não somente pela beleza e suntuosidade, mas pelo enquadramento perfeito, numa perspectiva onde o centro ” salta aos olhos ” como um presente e as laterais, não menos importante, emolduram com respeito, formando um conjunto equilibrado e harmonioso. Quando vi a Torre Eiffel pela primeira vez foi emocionante, além da sua imponência, com seus 320 metros, foi projetada ali com tanto talento que no meio de suas estruturas principais você pode visualizar, exatamente no centro, o palácio de exposições, o Palais de Chaillot.
Quanta maestria !!!
E o passeio no Sena ? De barco ou a pé revelam a cada deslocamento, de uma ponte a outra, as surpresas e encantamento dessa cidade. Nas suas margens, parisienses aproveitam o tempo para tomar sol, caminhar, conversar, namorar, ler e sobre as pontes, atravessar de um lado para o outro para trabalhar, estudar e conhecer toda diversidade cultural e turística que a cidade oferece. Tive a oportunidade de numa noite quente fazer um programa típico dos parisienses de todas as classes sociais … sentar na Pont des Arts e curtir uma conversa gostosa, observando as luzes da cidade refletidas no Sena, em constante movimento de barcos. Grupos de amigos, família e namorados levam ” comes e bebes ” e se divertem fora de casa, de uma maneira prática, segura e econômica. Por falar em econômia, normalmente moram em apartamentos com metragem quadrada pequena, oque incentiva a curtir ainda mais a cidade, repleta de cafés. Estes possuem disposição de mesas e cadeiras voltadas para o exterior, onde as pessoas sentam-se lateralmente, uma as outras, de frente para as ruas, como um espetáculo para ser vivenciado.
As igrejas são lindas … Notre Dame … Saint Germain … Sacre Coeur, com o afresco da imagem de Jesus pairando no céu é inesquecível e tem uma energia poderosíssima e a exclusiva igreja Saint Chapelle que recebe em grande estilo, num concerto de Vivaldi com as Quatro Estações, que tive o privilégio de assistir, cuja publicidade do evento acontece em cartazes nas ruas e no metrô, incentivando à cultura à todos.
Dedico este post à anfitriã Ana Tereza, pelo carinho, generosidade e pela oportunidade concedida de conhecer uma Paris ainda mais alegre, emocionante e requintada.
Foto : Arco do Triunfo por Kiko Albert
O pequeno confortável
Para espaços pequenos como este de 45 m2, ilustrado ao lado, ganhar espaço é tudo de melhor que posso oferecer para o meu cliente. E quando digo ganhar espaço estou me referindo a metros quadrados e também ao espaço ilusório que o espelho pode favorecer.
A varanda que anteriormente era negada pela cortina, em projeto, sugerimos a integração com a sala, através de piso coberto por pedriscos e vasos com a planta formio, que com imponência barram a vista indesejada e criam um jardim para ser apreciado na sala.
Evitamos objetos que impeçam a circulação como mesa de centro e projetamos móveis que cumprem a função de guardar louças e objetos, porém com medidas bem planejadas evitando desperdício de espaço.
A cozinha ficou integrada à sala, que pode atender um encontro informal para 8 pessoas de maneira confortável.
A beleza do agora
” Um dia, andando na selva, um homem encontrou um tigre feroz. Ele correu para salvar sua vida, perseguido pelo tigre.
O homem chegou à beira de um precipício, e o tigre estava quase alcançando-o. Sem opção, ele se agarrou a uma parreira com suas duas mãos, e desceu.
No meio do precipício, olhou para cima e viu o tigre no topo, arreganhando os dentes. Ele olhou para baixo, e viu outro tigre, rugindo e esperando sua chegada. E ficou preso entre os dois.
Em seguida, apareceram dois ratos sobre o precipício, um branco e outro preto. Como se ele não tivesse com preocupações suficientes, os ratos começaram a roer a parreira.
Sabia que se os ratos continuassem a roer, chegaria um ponto em que a parreira não poderia suportar seu peso, causando sua queda. Tentou espantar os ratos, mas eles voltavam e continuavam a roer.
Neste momento, ele observou um morangueiro crescendo na parede do precipício, não muito longe dele. Os morangos pareciam grandes e maduros. Segurando-se na parreira com apenas uma das mãos, com a outra colheu um morango.
Com um tigre acima, outro abaixo, e com os ratos continuando a roer a parreira, o homem comeu o morango e achou-o absolutamente delicioso. “
Moral da história Zen : O passado passou … é um perigo insistir em viver o passado … o futuro ainda não existe … é um perigo viver com ansiedade e com a expectativa do que virá …os ratos roem a parreira representando a impermanência … O morango representa a beleza inesperada, a bem-aventurança, a energia e a vitalidade do momento presente . Está sempre aqui, sempre disponível para os que tem a habilidade de ver e usufruir.