Habitamos um corpo, nossa primeira morada … este por sua vez habita a casa, nossa segunda morada … que por sua vez habita o planeta, nossa terceira morada.
Se identificamos doença e queremos nos curar, sabemos que essa iniciativa requer paciência, determinação, sabedoria, amor e unidade com nossas 3 casas.
Toda cura envolve um processo, levando em conta que a doença também se forma através de um processo, seja por acúmulo de hábitos errôneos ou sentimentos desqualificadas. Do micro, o corpo humano … ao macro, o planeta, o remédio é harmonizar e a ação para tal, a princípio, movimenta, abala … como se por um longo tempo, por preguiça e comodismo, fomos jogando a sujeira pra baixo do tapete e num dia de entusiasmo, resolvemos limpar… e aquela sujeira vai levantar poeira, espalhar, embaçar o ar… podendo causar reações físicas, alergias, tonturas e não é de um dia pro outro que tudo ficará saudável, apesar dos baldes de água, aquele pozinho suspenso vai nos lembrando, que todo dia tem mais um pouquinho no ar… Isso só pra deixar claro que dá mais trabalho deixar para lá, do que conscientizar-se que é preciso cuidar um pouco todo dia, pra não acumular mais !
Estamos falando de tanta coisa … das sujeiras físicas, das sujeiras emocionais … de “tralhas” físicas que vamos guardando, de “ tralhas ” emocionais que guardamos também ou pelo contrário, das” tralhas ” que jogamos fora e achamos que o melhor é exteriorizar, gritando ao vento nossa dor, culpando tudo e todos pelo nosso descontentamento … pra onde vai toda esse lixo e energia de aflição, raiva, e medo? … também não resolve nada !!!
Ser saudável requer conscientização, harmonia, amor e transmutação… e tem um mapa … o baguá do Feng shui, que pode orientar nisso … não é milagre … é um processo terapêutico … prá quem tem sede de evolução.
Na ilustração ambiente com mandala, uma dos remédios de cura do espaço.
Categoria: Arte
Geometria sagrada
A descoberta do talento capacita o ser, facilitando na realização de formas perfeitas, no propósito da aproximação do Divino, seja na arte, na arquitetura, na música, na literatura … na criação … imagem e semelhança de harmonias que já conhecemos, como a proporção que observamos, baseado na Geometria Sagrada existente nas pinturas de Leonardo da Vinci, nas mandalas, no baguá ( feng shui ), nos gráficos de radiestesia, na cabala, na árvore da vida, no zodíaco, nos símbolos de cura quântica.
Estudiosos se baseiam na sequência de Fibonacci, em que cada número é obtido pela soma dos dois outros que o antecedem 1,1,2,3,5,8,13,21 … e chegam ao número áureo = 1,6, que é o resultado da divisão do maior pelo seu antecedente, e que podem ser ilustrados no desenho de uma espiral áurea presente no formato do crescimento do caramujo e na flor do girassol.Importante citar aqui a Vesica Piscis, geometria resultante do encontro de dois círculos conhecido como “Olho de Deus”, que deu origem a “Flor da vida”, um padrão geométrico presente no DNA e nas células de todos os seres.
O estudo das relações entre essas proporções e formas leva a compreensão de que tudo oque existe advém de uma única verdade, de que a “vida floresce de uma mesma fonte, a força criativa inteligente e incondicionalmente amorosa que alguns chamam de Deus . As verdades da Geometria Sagrada são o meio mais eficaz para ilustrar à nossa mente lógica ( hemisfério esquerdo ) a Unidade de todas as coisas. “
Na ilustração acima, piso com mandala feita com pastilha , seguindo o princípio da Flor da vida … abaixo excelente video explicativo sobre a Geometria Sagrada.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=LEN6kVaC1H4[/youtube]
Personalizado
Quando estava envolvida apenas com a Arquitetura, há algum tempo, não conseguia imaginar decorando a casa de alguém … pensava: –O gosto é tão pessoal !!!
Fazia indicações, no projeto arquitetônico, do layout dos móveis e suas medidas e parava por aí !
Como colocar o toque profissional sem alterar a personalidade de seus moradores ?
Com o estudo do Feng shui e suas caracteristicas com relação a cor, textura, elementos, números, símbolos … em determinados lugares e a harmonia que esses elementos todos bem colocados proporcionam, somado ao gosto pelo design de móveis personalizado ao ambiente e ao cliente, ocorreu a validação e o acréscimo do Design de Interiores na minha vida profissional.
É interessante aliar uma nova proposta para o espaço com design e sugestões de novas peças e layout com a participação de objetos, móveis, quadros e telas do universo pessoal de quem contrata.Tiro foto de todo esse universo e depois transformo em realidades virtuais, propondo uma nova repaginação, aliando o gosto do contratante com o nosso toque especial e característico.Adoro ver o resultado, porque ilustra a participação e toda uma história de quem habita o espaço com a sabedoria e a harmonia do colaborador.É gostoso ouvir – ” Olha aquele nosso quadro ali !!! ”
Na ilustração imagens de quadros do universo dos moradores, adquiridos ao longo do tempo de casados, e nova sugestão de disposição no novo espaço com acréscimo de sugestão de mandala do designer João Paulo.
Buda e Cristo
Ali esta, na área correspondente ao guá dos amigos, no trabalho de feng shui realizado no Espaço Matrix, as figuras de Buda e Cristo.
Lembre-se que tanto Buda como Cristo não são os nomes de Sidarta Gautama e Jesus, mas sim os estados que eles atingiram, o florescimento supremo … a iluminação.
Cada um deles, a sua maneira, deixou o exemplo de como nós, aparentemente simples mortais, podemos também nos tornar Budas, Cristos.
Podemos, através da reforma interior, identificar os nossos medos que provavelmente estão envolvidos numa casca dura de proteção para que ninguém reconheça a nossa fraqueza. Esta casca pode estar recheada de arrogância, orgulho, indulgência, comodismo, raiva, ciúme, dependências, preguiça … todas essas desqualificações e muitas outras fazem parte da defesa contra o medo, seja ele da solidão, de não ser amado, de não ser próspero, de não ser aceito, de sofrer.
Trazer a verdade à tona nos capacita a começar o processo de limpeza, primeiramente mudando hábitos errôneos repetitivos, buscando conexão com o bem, com o belo, com a luz … essa nova sintonia nos proporciona à lapidação, na transformação do chumbo em ouro … do encontro com a nossa essência Divina .
Desenho em nanquim por Wania Rodriguês
Em casa … Deus mora nos detalhes !
Existe algum lugar na sua casa que você gosta muito de ficar ?
Se a resposta for negativa, talvez seja necessário, antes de mais nada, uma bela organização e limpeza, dedicando algum tempo para a generosidade, doando oque não é mais necessário, reciclando o lixo e colocando cada coisa em seu lugar.
Se a resposta for positiva, use os seus sentidos e identifique a fonte do seu prazer.
Podem existir vários estímulos ou apenas um que seja o bastante prá você ter vontade de chegar em casa e agradecer por aquele canto existir.
Pode estar relacionado ao estímulo visual proporcionado pelo layout harmonioso, pela vibração das cores ou ausência delas, pela luz e seus efeitos, pelo design dos móveis …
Pode estar relacionado a função que aquele espaço possui e você gosta porque consegue expressar o seu talento através dele … por exemplo, a cozinha prá quem tem o dom da culinária … ou o jardim …
Pode estar relecionado ao sensorial auditivo, ao local que proporciona estar ali, no momento presente , só para ouvir a sua música vibrando na mesma sintonia do seu ser ou um local que proporcione silêncio … um estado meditativo… oração.
Pode estar relacinado ao sensorial olfativo, que vinculado ao local do incensário ou do aromatizador ou daquela flor cheirosa emanando sua essência, atraia a sua presença .
Pode estar relacionado ao conforto … àquela poltrona que te abraça … àquela textura que toca, acolhe e insinua a intimidade do lar.
Existem coisas muito simples e prazerosas que podem fazer da sua casa um verdadeiro paraíso, ao reconhecer que Deus mora nesses pequenos detalhes, que nos fazem conectar, quando estamos presentes e alertas, à uma outra dimensão … uma dimensão Divina … tão pertinho … tão mágico !!!
Tire uma foto como fiz e compartilhe, pode ser inspirador !
Arte, descontração e … café !
Aconteceu dias 17,18,19 e 20 a Parte, feira de arte contemporanea de São Paulo.
As idealizadoras Tamara Brandt Perlman e Lina Wurzmann propuseram um espaço onde todos foram convidados a conhecer de perto artistas e suas obras, em um ambiente descontraído. Um ponto de encontro entre as galerias que promovem a atual geração de artistas brasileiros e aqueles que se interessam por esse universo, de novatos a colecionadores experientes.
Foram expostos nessa primeira edição da Parte os mais recentes trabalhos de artistas em ascensão ou já consagrados e galerias que incentivam sua produção. Estava presente também a Livraria da Vila, o Café SP by Dulca e o artista Beto Boaretto ( www.betoboaretto.com.br ), com suas telas coloridas que aqueceram o espaço oferecido para o café.
Arte, descontração e … café !
Adorei a iniciativa e espero que possamos contar com muitas edições desta feira que foi um sucesso e que promete nos aproximar cada vez mais da arte e de suas várias formas de expressão, além da proposta de ser mais acessível ao bolso.
Veja fotos do evento :
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O “Tao” da Unidade
No exercício de harmonizar ambientes, pessoal e de clientes, observo a quantidade de objetos que adquirimos ao longo do tempo e que guardamos conosco. Guardamos para recordar uma viagem, para recordar a pessoa que nos presenteou e porque muitas vezes gostamos da imagem ou do símbolo que aquela peça representa para nós e queremos que o nosso espaço seja vivo dessas recordações que demonstram à nossa identidade.
Importante lembrarmos que o espaço físico que habitamos possui um limite de saturação, assim como o closet, assim como a memória do computador… e que, de tempos em tempos, é muito saudável fazermos uma varredura, uma filtragem para selecionar oque vai e … o que fica. Oque vai pode ser doado … quantas pessoas necessitam exatamente daquilo que estamos nos desapegando … pode ser reciclado ou em última hipotese virar lixo … e nessa hora é sempre importante o questionamento quanto ao consumo excessivo … o lixo também satura.
Oque fica pode ser valorizado, com uma limpeza, com uma cera, uma tinta … ser consertado … receber uma nova roupagem com a troca de tecido e ser relocado, quem sabe fazendo parte de um novo layout … quem sabe encontrando um local especial para colocar uma escultura, um vaso, um porta retrato, lembrando que o feng shui possui uma ferramenta chamada baguá ( mapa ) que indica o melhor local para cada objeto.
Na ilustração acima, o nicho de madeira laqueado de branco, executado pela marcenaria Seval, proporcionou o destaque de algumas peças de decoração que anteriormente estavam despercebidas, espalhadas pela casa e pouco emanavam do seu potencial de beleza e luz, talvez por não conhecerem o ” tao ” da UNIDADE.
Que tal começarmos o ano mais leves e harmonizados ?
As Quatro Estações
Na música , ” As Quatro Estações ” de Vivaldi, e na arte ,” As Quatro Estações ” do designer João Paulo, com suas mandalas representando respectivamente, de cima para baixo, na ilustração, o inverno, primavera, verão e outono.
Com material reciclado, suas obras, executadas com a técnica de papel machê e tingidas com borra de café ou com pó do pigmento da casca do eucalipto, são belas e sustentáveis. Falando em sustentável, o espaço que abriga essas jóias, possuem nichos e pisos de madeira resgatados de uma demolição, que estavam prestes a se transformar em cinzas numa fogueira, se não fosse a intervenção do artista, comenta a simpática gerente comercial Rafa, entusiasmada com o feito.
Eu não resisti e adquiri algumas peças.
O acervo está em exposição permanente de sexta à domingo, na Avenida Ministro Nelson Hungria, 245, no centro de Santo Antônio do Pinhal, São Paulo. Fones : ( 11 ) 9250 56 37 ou ( 35 ) 8443 00 39.
Para conhecer mais sobre o trabalho do designer João Paulo acesse : www.joaopaulodesign.com.br
Palácio,Estação … Museu Orsay
Situado no centro de Paris, as margens do Sena, o museu Orsay, que anteriormente já foi uma estação de trem e também um palácio, abriga hoje uma coleção de grande riqueza artística, com quadros, esculturas, maquetes de arquitetura e fotografia.
Em 1871, o então palácio de Orsay foi devastado por um incêndio e se transformou em ruínas… renasceu como estação de trem em 1900, com o projeto de Victor Laloux… em 1910, devido a fortes chuvas, a estação fica mais de 5 metros embaixo d´agua e vira lugar para pescar… em 1939 o tráfego de trens foi interrompido definitivamente, pois a estação não se adequava mais ao avanço tecnológico, com trens mais modernos… o espaço vazio e abandonado se converte em cenário improvisado de diversos acontecimentos, como lugar de acolhida para prisioneiros de guerra e deportados. Nos anos 60 correu o risco de ser demolido para construção de um hotel, porém em 1978, a estação foi declarada monumento nacional e o estado convocou um concurso para projeto de um museu. Os arquitetos Pierre Colboc, Renaud Bardon e Jean Paul Philippon foram os vencedores.
A concepção do projeto estabeleceu a entrada do museu pela rua Bellechasse e distribuiu as coleções ao largo da grande nave, conservando a amplitude do espaço.Próximo aos arcos existentes foram criados espaços para as coleções permanentes e no piso superior, uma larga galeria. Para o projeto de interiores, em 1980, foi confiado à arquiteta italiana Gae Aulenti, que elegeu materiais, cores, criou o mobiliário museográfico e estudou as distribuições das coleções.
É admirável ver a conclusão do trabalho desses profissionais que respeitaram a linguagem do trabalho proposto no começo do século passado, dando uma nova função, restaurando elementos arquitetônicos importantes e criando novos elementos, que geraram um lindo espaço contemporâneo, que permite sentir a presença do edifício original.
Paris … vida moderna num palco de história !
Paris … linda, romântica, artística e poética, como no mais recente filme de Woody Allen, ela também me conquistou !
Seus monumentos, carregados de história, falam de um tempo onde Deus está presente nos detalhes arquitetônicos. As igrejas, palácios, museus destacam- se não somente pela beleza e suntuosidade, mas pelo enquadramento perfeito, numa perspectiva onde o centro ” salta aos olhos ” como um presente e as laterais, não menos importante, emolduram com respeito, formando um conjunto equilibrado e harmonioso. Quando vi a Torre Eiffel pela primeira vez foi emocionante, além da sua imponência, com seus 320 metros, foi projetada ali com tanto talento que no meio de suas estruturas principais você pode visualizar, exatamente no centro, o palácio de exposições, o Palais de Chaillot.
Quanta maestria !!!
E o passeio no Sena ? De barco ou a pé revelam a cada deslocamento, de uma ponte a outra, as surpresas e encantamento dessa cidade. Nas suas margens, parisienses aproveitam o tempo para tomar sol, caminhar, conversar, namorar, ler e sobre as pontes, atravessar de um lado para o outro para trabalhar, estudar e conhecer toda diversidade cultural e turística que a cidade oferece. Tive a oportunidade de numa noite quente fazer um programa típico dos parisienses de todas as classes sociais … sentar na Pont des Arts e curtir uma conversa gostosa, observando as luzes da cidade refletidas no Sena, em constante movimento de barcos. Grupos de amigos, família e namorados levam ” comes e bebes ” e se divertem fora de casa, de uma maneira prática, segura e econômica. Por falar em econômia, normalmente moram em apartamentos com metragem quadrada pequena, oque incentiva a curtir ainda mais a cidade, repleta de cafés. Estes possuem disposição de mesas e cadeiras voltadas para o exterior, onde as pessoas sentam-se lateralmente, uma as outras, de frente para as ruas, como um espetáculo para ser vivenciado.
As igrejas são lindas … Notre Dame … Saint Germain … Sacre Coeur, com o afresco da imagem de Jesus pairando no céu é inesquecível e tem uma energia poderosíssima e a exclusiva igreja Saint Chapelle que recebe em grande estilo, num concerto de Vivaldi com as Quatro Estações, que tive o privilégio de assistir, cuja publicidade do evento acontece em cartazes nas ruas e no metrô, incentivando à cultura à todos.
Dedico este post à anfitriã Ana Tereza, pelo carinho, generosidade e pela oportunidade concedida de conhecer uma Paris ainda mais alegre, emocionante e requintada.